O evento mundial impacta, principalmente, a economia, a política das nações e o comércio exterior.
De quatro em quatro anos, países se preparam para um dos únicos eventos capaz de unir diversas nações. Dessa forma, a Copa do Mundo tem importância para além do futebol, também influenciando a política e a economia dos envolvidos neste evento mundial.
Tudo começa pela escolha do país-sede do evento, que ocorre a partir de acordos entre investidores e instituições governamentais com interesses políticos e econômicos comuns. Segundo a agência federal de turismo da Rússia, o país receberá cerca de 1 milhão de turistas durante o mês da Copa, prevendo um aumento no turismo de Moscou pelos próximos cinco anos. “Acredito que a Copa do Mundo aumentará o turismo em 10% em Moscou, ampliando em cerca de 250 milhões de dólares a receita anual de impostos da cidade”, disse o prefeito da capital, Sergei Sobyanin, à uma emissora russa.
Mas os benefícios não se resumem ao país que sediará os jogos. Para Marcus Tatagiba, especialista em comércio exterior e diretor da Abracomex, Associação Brasileira de Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior, a Copa do Mundo é um momento para relacionamentos. “Durante os dias de Copa, milhares de empresários e possíveis compradores internacionais promovem os seus produtos e países por meio das áreas de hospitality e relacionamento entre os países estrangeiros”, explica Tatagiba.
O fenômeno do mundial de futebol realmente é algo incomparável, uma vez que a Federação Internacional Futebol (FIFA) reúne 212 membros de diversos países. Em trecho de um artigo escrito por Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, em junho de 2006, o diplomata compara o fenômeno da Copa do Mundo com as Nações Unidas: “O futebol é o único jogo realmente global, praticado em todos os países, por todos os povos e religiões. Ele é um dos poucos fenômenos tão universais quanto as Nações Unidas, uma vez que a FIFA tem 207 membros, e nós 191”, compara Annan com números da época. Hoje, a Fifa contempla 212 membros e a ONU, 193.