A Codesa está acompanhando a paralisação dos caminhoneiros e enviando relatórios para o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, que faz parte da equipe de negociação do Governo Federal com os caminhoneiros. São informações técnicas e relatos sobre o bloqueio no acesso de caminhões aos terminais do Porto de Vitória, sobretudo os localizados no município de Vila Velha.
O bloqueio acontece, principalmente, no Trevo de Capuaba. Em média, cerca de 500 caminhões deixam de acessar o porto, diariamente, comprometendo a movimentação de cargas. Os navios descarregam, mas os produtos ficam armazenados nos pátios de aguardo. A Guarda Portuária está em alerta e até o momento – sexto dia de bloqueio no porto – não foi registrado nenhum incidente dentro ou fora do Porto Organizado de Vitória.
Histórico
23.05.18 – No início da tarde caminhoneiros ocupam o Trevo de Capuaba e bloqueiam a passagem de veículos pesados em direção ao porto. Nos dias subsequentes, os manifestantes continuam impedindo a passagem de caminhões e carretas, com destino aos terminais portuários localizados em Vila Velha.
25.05.18 – A Guarda Portuária reforça segurança e mantém estado de alerta, conforme orientação do CONPORTOS e Ministério da Justiça.
28.05.18 – CODESA convoca reunião para avaliação das consequências da greve nos terminais do Porto de Vitória.
Reunião conta com participação de representantes de sindicatos dos trabalhadores, dos terminais portuários, dos operadores, Alfândega e Capitania dos Portos.
Impactos
Cegonheiros não estão em greve, mas não conseguem acessar o porto. Cerca de 250 veículos importados estão armazenados no pátio do TVV. Há piquetes em frente ao terminal de Paul, Vila Velha. Apenas 25% da frota da Oiltanking está operando. A média diária, normal, é de 150 caminhões operando no terminal. As carretas que conseguem circular são escoltadas pela Polícia Militar até o destino da carga. Alguns terminais estão ficando sem capacidade de armazenagem. Os navios chegam, descarregam, mas as cargas não saem.
TVV e Hiper Export com retroáreas lotadas. Pelo menos 75% da capacidade de armazenagem ocupada. Terminais arrendados começam a racionar combustível (diesel) das empilhadeiras utilizadas nas operações internas.
Movimentação
Redução de navios atracados e navios em espera.
VTMIS também registra redução no número de embarcações para Tubarão e Praia Mole.
Porto de Vitória: Desembarque de carga ontem (28) e hoje (29)
- Dois navios no TVV: Contêineres e trilhos de aço.
- Dois em Capuaba: Hulha (carvão) e malte (ambos parados, sem operação por falta de caminhões).
- Um em Paul: Gasolina e óleo diesel.
- Um navio em Peiú: Fertilizante
- Dois navios offshore no Cais Comercial de Vitória.
Arrecadação
Prejuízo estimado em R$ 12 milhões – cargas paradas. São R$ 2 milhões por dia.
R$ 4 milhões em perdas tarifárias.
60 mil toneladas de cargas retidas: grãos, veículos, fertilizantes, combustível, contêineres.
Ferrovia
Sempre que possível está sendo utilizado o ramal ferroviário para saída de produtos.