A realidade
O semiárido do Sertão Nordestino compreende regiões dos estados de Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Esta região possui os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil e vive a pior crise hídrica dos últimos 30 anos. De acordo com dados de 2017 lançados pelo Banco Mundial de desenvolvimento, cerca de 90% da população local vive abaixo da linha de pobreza; o que significa que cada pessoa vive com menos de U$5,5 dólares por dia ou R$ 577,50 por mês. Sem água, trabalho e comida a população perece.
A água consumida em grande parte das comunidades rurais do Sertão do Nordeste é da chuva, e muitas famílias andam até 2 km para buscar água em pequenos reservatórios onde animais também se banham. Em algumas regiões a perfuração para encontrar água chega a 100m de profundidade e a água é imprópria para beber, ou seja, é salobra, necessitando de um dessalinizador.
A água é a base de sobrevivência e do desenvolvimento de um povo. E nós estamos aliançados em apoiar famílias sertanejas a se desenvolverem de forma integral, sendo agente de alteração do cenário social por meio do resgate da dignidade humana. Os desafios são enormes. A nossa missão tem sido ser uma esperança em meio a tantas desesperanças.
A ideia
A água permeia do todo este conceito. Por isso, estamos unidos para a construção de:
- 10 poços de água
- Em 10 localidade do Sertão do Nordeste brasileiro
- Nos próximos 10 meses
A meta é construir 01 poço por mês. Essa ação vai levar mais dignidade às famílias sertanejas inseridas em cada uma dessas comunidades rurais.
Enquanto a população da cidade vive em média com 167 litros/dia de consumo de água (potável, diga-se) o sertanejo do semiárido vive com pouco menos de 3 litros/mês. Na cidade, o banho de ducha por 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água. Isso em apenas um banho diário. No Sertão, em muitas comunidades, não é possível tomar banho por dias. A água é usada para necessidades mais elementar, como beber e cozinhar.
Essa realidade é muito distante do nosso cotidiano e fica difícil sentir na pele, o que nossos olhos não viram! A Igreja local tem sido o alento, socorro e misericórdia para este povo. Suicídios tem sido evitados, crianças acolhidas, jovens iniciados em pequenas fábricas e esperanças renovadas em muitos lares. Centenas de testemunhos são colhidos por valentes homens e mulheres que se doaram por amor este povo tão sofrido e esquecido pelas autoridades públicas do Brasil.
Quem faz?
O Instituto Água Viva, é uma ong criada em 2015. Atuamos no Sertão do Nordeste, sobretudo nos estados da Bahia, Piauí e Pernambuco onde se observa os piores IDH do País, com renda pér. capta abaixo de ½ salário mínimo. Escolhemos a região do semiárido nordestino, por ser uma região de extrema pobreza e vulnerabilidade social, onde quase nenhum projeto governamental está inserido. Escolhemos transformar e impactar a geografia de uma região pouco apoiada no Brasil e a ser uma ponte para outras instituições na luta pela ressignificação e valoração do sertanejo.
Estamos alicerçados em 04 Pilares: Saúde, esporte, reforço escolar e empreendedorismo. O alicerce do reforço escolar conta com aulas de balé, música, inglês, informática, teatro e alfabetização. Já no empreendedorismo temos fábricas de bonés, camisas e chinelos; marcenaria, fábrica de violão, hidroponia, piscicultura, plantação de frutas, entre outras atividades. Com estes projetos atendemos diretamente mais 2.000 crianças por mês em situação risco social agravante, cercadas por abusos físicos e sexuais, sem nenhuma perspectiva educacional. E mais de 10 mil pessoas indiretamente.
Em 2017 conseguimos atender mais de 11 mil pessoas com mais de 18 mil procedimentos médicos e odontológicos, em 360 comunidades rurais. Muitos desses Sertanejos nunca tiveram a oportunidade de um atendimento médico. Além de construção de poços artesianos, doações de alimentos, kit escolar e higiênico; brinquedos e roupas.
Quem ganha?
Localidades que serão alcançadas:
Bom Jesus da Lapa (BA) (2 Unidades);
Paratinga (BA);
São Félix do Coribe (BA);
Américo Dourado (BA);
Lapão (BA); Casa Nova (BA);
Juazeiro (BA);
Afrânio (PE);
Acauã (PI).
Como?
Cada poço artesiano será construído em terreno doado pela comunidade ou comprado pelo IAV e será entregue à base local do projeto social do Instituto para que seja feita a distribuição da água a todos da comunidade de forma organizada e igualitária.
O Poço será construído por uma empresa especializada da região. Para cada poço construído será feito o lançamento para aquela comunidade e inserido no portal do IAV e do Povos e Línguas.
Custos
Cada poço custa em média 20 mil reais.