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Publicado: 07/04/2017 00:00h

ANAC prorroga, mais uma vez, a regulamentação do setor de Drones

ANAC prorroga, mais uma vez, a regulamentação do setor de Drones

Empresários do setor se organizam para pressionar a agência e pedem mais agilidade na formalização das regras para impulsionar o jovem e promissor mercado de drones

No último dia 04, empresários do setor de drones acompanharam em tempo real a reunião de diretoria da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) onde um dos temas em pauta era a regulamentação de drones para fins comerciais. Para surpresa do mercado, mais uma vez, a decisão foi postergada. Um dos membros da reunião pediu vistas ao projeto frustrando toda a cadeia produtiva do setor. Diante disso, empresários do segmento estão se articulando via redes sociais a fim de promover ações que sensibilizem a agência. Todos são unânimes em afirmar as vantagens relacionadas aos aspectos econômicos gerados por mais contratos que produzam mais receitas, mas empregos e mais investimentos.

A regulamentação da ANAC para uso de drones com fins comerciais está em andamento desde 2014. Vale destacar o empenho da equipe técnica da ANAC para finalização desta regulamentação. Entretanto, o novo pedido de vista frustou a comunidade de empresários com a decisão da reunião de pedir mais prazo para análise.

De acordo com Emerson Granemann, um dos idealizadores da DroneShow Latin America, principal feira do setor de drones, é importante em curto prazo sensibilizar a ANAC a uma deliberação positiva, tendo em vista o longo período que a regulamentação está em espera na agência. O mercado como um todo só tem a ganhar com essa regulamentação. “A regulamentação da ANACelevará o setor a um novo patamar, priorizando segurança jurídica e das operações e proporcionando demandas por projetos maiores. O mercado de trabalho é outro positivo, uma vez que a regulamentação permite a abertura de centenas de novas empresas e a geração de milhares de oportunidades de trabalho de alto valor agregado”, afirma o empresário.

A tecnologia embarcada nos drones é disruptiva. Ela permite uma infinidade de aplicações substituindo com vantagem processos existentes e também gerando demandas para atividades novas. Na inspeção de torres e linhas de transmissão, os dados visuais e digitais coletados pelos drones substituem os helicópteros, otimizam e trazem mais segurança as equipes de campo. No resgate de pessoas, os drones permitem uma rápida localização da vítima em terra ou no mar, permitindo que as equipes saibam a localização com mais precisão para o salvamento. Na área de seguros, os drones são usados tanto na vistoria da produção agrícola como na verificação de algum sinistro. Na agricultura, as aplicações são inúmeras desde a identificação digital das cabeças de gados dos grandes rebanhos, passando pela detecção de pragas, pulverização e geração de modelos digitais do terreno para planejamento da colheita e plantio.

“A demora na regulamentação, prejudica também os usuários que buscam mais produtividade, rapidez e segurança em seus projetos. Além disso um setor regulamentado permite valorizar as empresas e profissionais que atuam com seriedade frente iniciativas amadoras que geram produtos de baixa qualidade e que podem gerar riscos sérios de segurança". É importante destacar que no Brasil a regulamentação do setor aéreo é dividida pela ANAC e pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Por parte do DECEA, tudo que poderia ser feito dentro de suas atribuições constitucionais foi feito, todos aguardam agora a posição da ANAC”, finaliza Granemann.

Em maio, entre os dias 09 e 11 de maio, a ANAC e o DECEA participam da 3ª edição da DroneShow Latin América, maior feira do setor da América Latina, e o tema deverá será presente nos debates e nas diversas atividades previstas. ANAC e DECEA terão pontos de atendimento para esclarecer dúvidas da comunidade do setor.


Fonte: MD Assessoria & Comunicação
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