Terminal de Granéis Líquidos (TGL) será construído em Capuaba e vai atender ao mercado de combustíveis regional
O capixaba conviveu essa semana com a falta de combustível em postos de gasolina. O problema gerou transtornos e, inclusive, acarretou o aumento no preço da gasolina em alguns estabelecimentos.
Atualmente, a grande maioria das descargas de navios com combustíveis vem ocorrendo através de porto privado, portanto, fora da gestão da CODESA.
Para acabar com esse transtorno que, vez ou outra, dificulta ainda mais o cotidiano do capixaba, a CODESA vem buscando novas alternativas. Neste sentido, vem agindo desde o ano passado para solucionar o problema: propôs ao Governo Federal (GF) a construção de um Terminal de Granéis Líquidos (TGL) em Capuaba, Vila Velha, em uma área de 75.000 m², que entrou como prioridade no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
Solução
O processo de implantação do terminal já está avançado. Nas próximas semanas, a ANTAQ deve aprovar o projeto, possibilitando que, já em maio, sejam iniciadas as audiências públicas promovidas pelo Ministério dos Transportes. O edital de licitação da obra deve ser publicado no segundo semestre, seguido do leilão. Serão investidos R$ 120 milhões na construção pela empresa ganhadora da concorrência pública.
“A construção do TGL em Capuaba é a solução, já encaminhada junto ao GF, para dar fim a um problema recorrente da falta de combustíveis no estado, e que atrapalha a vida do capixaba”, destaca a senadora Rose de Freitas que vem conduzindo o processo de liberação para a construção do terminal em Brasília.
Enquanto o TGL não fica pronto – a conclusão da obra está prevista para 2020 –, a CODESA pontua que estão sendo tomadas medidas junto a outros players do segmento, para evitar que os problemas técnicos e operacionais de abastecimento voltem a ocorrer no Espírito Santo, como a utilização temporária de balsas para recepção e armazenagem.
Armazenagem
Um dos grandes projetos em pauta para 2018 no Porto de Vitória, o TGL vai movimentar produtos como diesel, gasolina, álcool e biodiesel. A capacidade de armazenagem estática (tancagem) será de 60.000 m³. Sua conclusão e início das operações estão previstas para 2020. O terminal vai aumentar em aproximadamente 700.000 t./ano a movimentação de cargas no Porto de Vitória. A expectativa é que sejam gerados 450 empregos diretos e indiretos durante a implantação, e 300 diretos e indiretos no início das operações. “O mercado de combustíveis pedia há anos uma obra desse porte, e tiramos do papel o projeto para concretizá-lo”, ressalta Luis Claudio Montenegro, presidente da CODESA. “Em seis anos dobraremos a movimentação de combustíveis, com possibilidade de triplicar a oferta para o mercado capixaba a médio prazo”, sublinhou.