O Alto-Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão chega ao seu primeiro ano de funcionamento com gás natural (GN). A operação iniciou em 16 de setembro de 2022 e tem como objetivo a redução de uso de materiais que liberam gás carbônico, uma vez que a meta da companhia é que até 2050, ela seja uma empresa carbono zero.
“O Alto-Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão já opera com gás natural desde setembro de 2022. Com a mudança no mercado brasileiro de GN, nossa empresa está viabilizando negociações com produtores a preço competitivo visando a utilização deste insumo em substituição ao carvão mineral”, conta Fabricio Assis, diretor de Produção de Gusa e Energia da ArcelorMittal Tubarão.
Segundo ele, o contrato de distribuição firmado com a Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás), bem como o contrato de fornecimento de gás natural no mercado livre com a empresa Galp, tem movimentado algo em torno de 250 mil metros cúbicos do combustível por dia.
“A iniciativa representou um importante passo da produtora de aço para atingimento da meta de carbono neutro, definida pelo Grupo mundial até 2050. Os desafios do setor, aliados aos volumes e preços do mercado brasileiro de GN e mercado internacional de carvão, são determinantes para viabilizar a perenidade da ação”, explica.
Além disso, a evolução no campo regulatório pode agregar significativo valor e flexibilidade em relação à sua utilização, dadas as oportunidades que aparecem no mercado. “O Espírito Santo evoluiu muito nesse aspecto regulatório, mas ainda há espaço para maiores avanços, sendo referência no Brasil”, complementa.
Maior produtor de aço
Inaugurado em 2007, o Alto-Forno 3 já estava adaptado para receber gás natural para o seu funcionamento. Junto com os outros dois alto-fornos, eles são responsáveis pela maior produção de aço das Américas, com capacidade total de 7,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano.
A expectativa da ArcelorMittal Tubarão, agora, é adaptar seus dois outros Altos-Fornos para que também façam a transição energética, assim que possível, adianta o executivo. “Caso a conversão para gás natural nos dois equipamentos seja efetivada, a demanda para a empresa poderá chegar a 1,5 milhão de metros cúbicos por dia. Juntos, os três altos-fornos representam o maior parque siderúrgico integrado do país, responsáveis pela produção de 7,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano”, diz.
