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Publicado: 26/10/2019 19:48h

Vale iniciará testes para implantar operação autônoma de caminhões fora de estrada em Carajás

Vale iniciará testes para implantar operação autônoma de caminhões fora de estrada em Carajás

Inovação já foi introduzida em uma unidade de Minas Gerais, onde 13 veículos estão operando com sucesso

A operação autônoma de caminhões fora de estrada será iniciada na mina de Carajás, no Pará. Após ser introduzida com sucesso na mina de Brucutu, em Minas Gerais, o projeto de caminhões funcionando sem operadores nas cabines chega à maior mina de minério de ferro de céu aberto do mundo. A inovação vem aliada a um plano de desenvolvimento e capacitação dos profissionais. O objetivo é aumentar a segurança das operações, além de gerar benefícios ambientais e ganhos de competitividade. A fase de testes dos equipamentos deve ter início em novembro com dois caminhões.

A novidade já foi implantada na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), que este ano passou a operar somente com caminhões fora de estrada autônomos, num total de 13 equipamentos. Já em Carajás os autônomos vão conviver ao lado dos caminhões convencionais. A fase de testes deve ir até junho de 2020, quando os autônomos começam a entrar em operação. O número de veículos crescerá ano a ano e, dependendo dos resultados dos testes, deve chegar a 37 em 2024.

A previsão é que no final de novembro dois caminhões autônomos iniciem a fase de testes em uma área isolada da mina de Carajás. O treinamento dos operadores já teve início neste mês de outubro. Na mina já existem também três perfuratrizes atuando de forma autônoma desde o ano passado.

Na operação autônoma, os caminhões são controlados por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial e monitorados por operadores em salas de comando a quilômetros de distância das operações, o que traz ainda mais segurança para a atividade. Ao detectar riscos, os equipamentos paralisam suas operações até que o caminho volte a ser liberado. Os sensores do sistema de segurança são capazes de detectar tanto objetos de maior porte como grandes rochas e outros caminhões até seres humanos que estejam nas imediações da via.

Em relação ao modelo convencional de transporte, a produtividade do sistema de operações autônomas é superior. Com base em dados de mercado da tecnologia, a Vale espera conseguir aumento da vida útil de equipamentos da ordem de 15%. Estima-se ainda que o consumo de combustível e os custos de manutenção sejam reduzidos em 10% e que haja um aumento da velocidade média dos caminhões.

A operação autônoma também traz relevantes benefícios ambientais. A economia de combustível usado nas máquinas resulta em volume mais baixo de emissões de CO2 e particulados e ainda reduz a geração de resíduos como peças, pneus e lubrificantes.

De acordo com o diretor do Corredor Norte da Vale, Antonio Padovezi, além do fator segurança, o uso de equipamentos autônomos em Carajás garantirá maior sustentabilidade para a mineração brasileira. "É mais um avanço que traz ganhos econômicos, ambientais e sociais: reduz a exposição dos empregados a riscos, aumenta a competividade, reduz a emissão de gases poluentes e ainda impulsiona uma capacitação e evolução das competências profissionais, acompanhando uma tendência natural e vivenciada hoje no mercado em todo o mundo", diz Padovezi.

Capacitação

A implantação da operação autônoma vem aliada a um plano de desenvolvimento de pessoas, que inclui a criação de um centro de treinamento na cidade de Parauapebas pela empresa fornecedora. O plano seguirá a mesma linha de Brucutu, onde todos os operadores que atuavam nos caminhões convencionais foram realocados para outras funções. Uma parte da equipe em Minas Gerais passou a atuar na gestão e controle dos equipamentos autônomos e outra parte assumiu novas ocupações advindas com a automação. Alguns empregados foram realocados para outras áreas.

Indústria 4.0

A Vale está implantando um programa de transformação digital para avançar na Indústria 4.0, o que tem permitido à empresa tornar-se mais segura, aumentar a eficiência operacional e a produtividade, melhorar sua performance financeira e impulsionar a inovação. Entre as inovações tecnológicas desenvolvidas pela empresa estão Internet das Coisas, Inteligência Artificial, aplicativos móveis, robotização e equipamentos autônomos (como caminhões e perfuratrizes). O programa serve de apoio para os pilares estratégicos introduzidos pela Vale este ano: transformar a maneira como a empresa opera em relação a segurança e excelência operacional; e impactar positivamente a sociedade, tornando-se um facilitador de desenvolvimento nas áreas em que atua e promovendo uma indústria mais segura e sustentável.

*Na foto, Ana Paula Lemos, que trabalhava como operadora na cabine de uma perfuratriz e hoje monitora o equipamento de uma sala de comando – Crédito: Divulgação/Vale


Fonte: Assessoria de Imprensa Vale
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