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Publicado: 10/05/2016 13:50h

Terreno de Lavoura é escolhido pelos moradores para reconstrução de Bento Rodrigues

Terreno de Lavoura é escolhido pelos moradores para reconstrução de Bento Rodrigues

Representantes de 223 das 226 famílias que moravam em Bento Rodrigues escolheram nesse sábado, 7 de maio, o local onde o distrito será reconstruído. Com 92% dos votos, a área denominada Lavoura foi a escolhida. Os critérios para votação foram definidos em conjunto com os moradores e representantes do Ministério Público.

A área escolhida tem 350 hectares e está localizada na rota da Estrada Real, a cerca de 8 quilômetros de Mariana e a 9 quilômetros do antigo distrito de Bento Rodrigues. O terreno oferece topografia adequada, facilidade de acesso à transporte público, oferta hídrica e proximidade de nascentes e solo de qualidade para plantio e criação animal.

O processo até a eleição do terreno foi rigoroso e transparente, uma vez que era necessário ouvir as demandas de todos os cerca de 700 moradores do distrito. Foram realizadas 37 reuniões, duas assembleias gerais e dois programas de visitas aos terrenos pré-qualificados: Lavoura, Carabina e Bicas.

A votação foi realizada em Mariana e teve 94% de adesão da comunidade. Pelos critérios definidos entre os moradores e o Ministério Público, que acompanhou a eleição, era necessária a participação de ao menos 60% dos votantes. Para garantir ainda mais a idoneidade do processo, foi contratada a auditoria independente da Ernest & Young.

Para Antônio Pereira Gonçalves, Membro de Comissão de Moradores de Bento Rodrigues, o processo eleitoral foi fundamental para legitimar a escolha da comunidade. “A comunidade já apontava sua escolha para um dos terrenos, mas o processo foi fundamental para confirmar a preferência. Esse é o terreno mais próximo a Bento, com boa terra para plantio e rica em água. Na Lavoura, a gente se sente em Bento Rodrigues”, disse.

O próximo passo será um aprofundamento dos estudos técnicos de viabilidade da área. Em seguida, haverá a definição do projeto urbanístico do local, em conjunto com os moradores, onde serão edificadas casas e também espaços comuns, como praças, escolas, postos de saúde, templos religiosos e campos de futebol. Segundo o acordo assinado com os governos federal, de Minas Gerais, do Espírito Santo e com outras entidades governamentais, a Samarco tem três anos para reconstruir o distrito. Mas a empresa não poupará esforços para concluir as edificações o mais rapidamente possível.

Fonte: Assessoria de imprensa Samarco

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