De acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Produto Interno Bruto (PIB) de Anchieta caiu 73,7% no ano de 2016, tendo a maior retração econômica entre as cidades capixabas. As contas municipais são divulgadas cerca de dois anos depois. A queda no PIB se deve ao fechamento da unidade da Samarco após o rompimento da barragem de Fundão, em Minas Gerais, em novembro de 2015.
Segundo os institutos, em 2015 as riquezas produzidas em Anchieta giravam em torno de R$ 2,7 bilhões. O fechamento da Samarco também impacta o PIB do Espírito Santo, que foi reduzido em 5,2%. Segundo o Secretário Municipal da Fazenda de Anchieta, Dirceu Mattos, a mineradora era responsável por 70% do PIB da cidade. Entre as consequências do fechamento da Samarco está o aumento do desemprego, que chegou a 23%. Ainda de acordo com o secretário, em 2019 Anchieta perderá cerca de R$ 40 milhões em ICMS, que é calculado com base em operações comerciais. O PIB per capita da cidade também caiu, saindo de R$ 98,2 mil por pessoa em 2015 para R$ 25,3 mil em 2016. Anchieta deixou de ter o 45º maior PIB per capita do Brasil e terceiro maior do Espírito Santo para ficar na posição 1475 a nível nacional e 12º lugar no estado.
Previsão de retorno da Samarco é em 2020
Segundo o presidente da Samarco Rodrigo Vilela, em entrevista ao jornal O Tempo, de Minas Gerais, o retorno da empresa com operação de exportação e de pelota está previsto para 2020. De acordo com ele, os processos de licenciamento e reparação estão andando de forma ágil. Rodrigo Vilela afirma que a Samarco investirá cerca de US$ 500 milhões para concretizar o retorno de suas operações, que contará com uma tecnologia nova para deposição de rejeito. Essa nova tecnologia possibilita a filtragem da polpa que antes era depositada na barragem.