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Publicado: 20/02/2019 11:21h

Projetos de jovens para a Bacia do Rio Doce são aprovados

Projetos de jovens para a Bacia do Rio Doce são aprovados
Os participantes da formação conduzida pelo Instituto Elos apresentaram suas propostas para uma banca em janeiro deste ano. Agora, poderão colocá-las em prática.

O projeto “O futuro do rio Doce é você”, fruto de um convênio entre o Instituto Elos e a Fundação Renova, passou por várias etapas importantes ao longo do ano passado, oferecendo formação a cerca de 90 jovens ao longo da Bacia do Rio Doce. Parte da formação consiste em promover mutirões para realizar os sonhos coletivos das comunidades, revitalizando espaços públicos e estimulando o desenvolvimento comunitário. Em 2019, as ações seguem avançando e os jovens participantes poderão tirar do papel o que idealizaram para o futuro da bacia.

Depois de apresentarem seus projetos para bancas avaliadoras nos municípios de Rio Doce e Governador Valadares, em Minas Gerais, e Linhares, no Espírito Santo, agora é a hora de realizar. Todos os 23 projetos foram contemplados com fundos para sua aplicação prática. Doze receberão um fundo-semente (de R$ 2.000 a R$ 6.000), que cobre 100% do valor estipulado pelos jovens. Os outros 11 receberão o chamado fundo-sementinha, referente a 70% do valor do projeto.

No processo de implantação das ideias e iniciativas nas comunidades, os grupos serão assessorados pelas equipes da Fundação Renova e do Instituto Elos, até setembro de 2019. Entre os projetos selecionados, estão ações para reflorestamento e revitalização de nascentes, intervenções culturais, desenvolvimento profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social, empreendedorismo negro, oficinas artísticas e muito mais.

Projetos contemplados com o fundo-semente (100% do valor):

– Avante Semear

O projeto propõe o fortalecimento institucional do grupo cultural Semear, o que inclui regularização social, criação e manutenção de agenda anual de atividades e expansão da atuação. A iniciativa tem como objetivo ações integradas e complementares ao desenvolvimento cultural, educacional e psicossocial das crianças e adolescentes da cidade de Rio Doce (MG).

– Casa Preta

A Casa Preta propõe curar as feridas que o racismo estrutural reproduz. A ideia é recuperar, pelo autoconhecimento, o despertar de uma transformação pessoal por meio de oficinas e rodas de conversa para enaltecer as belezas negras e fomentar o empreendedorismo negro em Mariana (MG).

– Espaço Prainha

Os moradores do bairro Santo Antônio, em Mariana (MG), sonham com a volta da Casa da Sopa, espaço criado em 1994 para acolher famílias em vulnerabilidade social. O projeto propõe que a casa, fechada desde 2011, seja transformada no Espaço Prainha para acolher jovens e crianças do bairro com oficinas de dança, cinema, jogos, horta e uma biblioteca.

– Plantar e Cuidar

A ser implantado em Santa Cruz do Escalvado (MG), o projeto propõe a formação ambiental de jovens do ensino fundamental e médio, por meio de visitas ao espaço do viveiro Plantar e Cuidar. A intenção é levantar o debate sobre reflorestamento e preservação ambiental, distribuindo mudas de árvores nativas, ornamentais e frutíferas que enriquecem a flora e a fauna da cidade.

– ESTUFA: Desenvolvimento de Talentos

O projeto tem como objetivo conectar vagas de emprego a jovens de periferia em vulnerabilidade social e jovens com deficiência em Governador Valadares (MG) — que não têm acesso às políticas públicas efetivas de emprego e renda. A proposta também inclui um acompanhamento psicológico, a fim de traçar o perfil desses jovens, fornecer cursos de formação e ajudá-los a desenvolver suas carreiras no mercado de trabalho.

– Reviva Nascentes

Voltado para os jovens moradores do Assentamento 1º de Junho, em Tumiritinga (MG), a ideia é promover mutirões comunitários para criação de SAFs (Sistemas Agroflorestais). O projeto também pretende estimular novas atividades, como a cultura do mel.

– Cultura Móvel

Um sonho de jovens de Belo Oriente (MG), o projeto, de caráter itinerante, tem o objetivo de mobilizar a comunidade para transformar espaços diferentes da cidade. A ideia é criar lugares adequados para receber intervenções culturais, como dança, teatro, música e cinema.

– Shopping de Cultura

Para fomentar a produção artística e dar espaço a projetos pouco valorizados em Tumiritinga (MG), a proposta é criar formas e possibilidades de lazer para adolescentes e jovens, com base no esporte e na cultura. Os principais eixos de ação serão o grafite, o cinema e a capoeira.

– Casa de Conhecimento

O projeto propõe a criação de oficinas culturais e de geração de renda, seguindo o princípio da economia solidária e da sustentabilidade. A primeira ação será o reaproveitamento de cadernos escolares para doação a uma creche na periferia de São Mateus (ES).

– Frutos da Cultura (CULTBIO)

Oficinas e ações de resgate cultural e educação ambiental na comunidade de Barra do Riacho, em Aracruz (ES). O projeto estará focado na realização de mutirões em parcerias com outras organizações do território.

– REGA (Restauração Ecossistêmica e Gerência de Águas)

O projeto itinerante se propõe a identificar e restaurar topos de morro em Aimorés (MG) — áreas de recarga de nascentes. A ideia é complementar o trabalho de recuperação de nascentes já realizado pelo Instituto Terra, no projeto Olhos D’Água.

– Ribeirinhos

A proposta é criar ações educacionais e culturais no bairro de Santo Antônio do Rio Doce, também em Aimorés (MG). Oficinas de dança, oratória e poesia já estão sendo preparadas. O primeiro passo é reformar um espaço para sua reativação e ocupação.

Projetos contemplados com o fundo-sementinha (70% do valor)

– Recontando com o outro

O projeto vai envolver a comunidade de Mariana (MG) em dois encontros semanais para pesquisa, criação de técnicas e materiais para contação de histórias. Inicialmente, a intenção é trabalhar na Casa dos Saberes com crianças e jovens de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo.

– Toques e Batuques

O projeto vai realizar oficinas de confecção de instrumentos e aulas teóricas e práticas de música para crianças da zona rural do município de Santa Cruz do Escalvado (MG). A ideia é formar um grupo de percussão que será agregado ao trabalho já existente da AMA (Associação Música e Arte).

– Estação das Artes

O projeto vai realizar eventos itinerantes em Passagem de Mariana e Ouro Preto, criando uma rede envolvendo coletivos e movimentos culturais do bairro. A partir da criação e fortalecimento desse grupo, o plano é transformar a estação ferroviária em um centro cultural e ponto turístico em Mariana (MG).

– Caminhos de São José

Os jovens de Barra Longa (MG) vão tomar a frente na criação de um roteiro turístico a partir da rota do Caminho de São José, antigo caminho das Santas Missões da década de 1950. Os temas que vão permear o circuito são reflorestamento, atividades culturais e ecoturismo.

– Pontes

A proposta é criar conexões entre a população de Caratinga (MG), sejam moradores que não vão aos eventos locais por falta de informação, sejam coordenadores que querem desenvolver projetos, sejam possíveis investidores para ações na região.

– Sementinhas

O projeto, que prevê sua aplicação em Santana do Paraíso, Revés do Belém, Ipaba e Cachoeira Escura (MG), pretende promover práticas sustentáveis para o cultivo do próprio alimento em hortas urbanas e atividades de educação ambiental.

– Revés pra frente

A ideia é desenvolver catálogos impressos, como jornais comunitários, focados na divulgação de comerciantes, artesãos e prestadores de serviços formais e informais de Revés do Belém (MG). O material deve se tornar um ponto de apoio à comunidade, apoiando feiras locais e levando informação aos espaços públicos.

– Sala A113

O projeto é uma espécie de laboratório jovem criativo para discutir soluções tecnológicas para problemas identificados na comunidade. O objetivo é tornar a tecnologia e o conhecimento mais acessíveis para comunidades carentes de Belo Oriente e Cachoeira Escura, no Vale do Rio Doce (MG).

– Machika’s the art

Inicialmente, a proposta é oferecer aulas de dança, música e outras artes para jovens da comunidade de Nativo (ES). Depois, a ideia é investir na construção de um espaço cultural de referência local e expandir a metodologia para outros distritos e cidades da região.

– Sanear Baixo Guandu

O projeto propõe monitorar a instalação da ETA (Estação de Tratamento da Água) prevista no município, para que ocorra a ampliação do esgoto tratado de Baixo Guandu (ES) e a melhora na qualidade da água, e sensibilizar a população para a importância desta política pública, usando como ferramenta a educação ambiental.

– Unidos do Ortiz

A iniciativa propõe a realização de jogos OASIS na beirada da linha férrea no bairro de Maria Ortiz, em Colatina (ES). Depois do jogo, o grupo criará um planejamento junto aos moradores para que possam pensar, juntos, em novos espaços de lazer no local.

Fonte: Fundação Renova
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