Convênio entre a Fapemig e a Fundação Renova vai investir R$ 15 milhões em estudos que acompanhem a porção mineira da bacia do rio Doce
Estão abertas as inscrições para mais uma chamada pública da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). O edital, fruto de um convênio com a Fundação Renova, está em busca de projetos de pesquisa científica que proponham avaliar os impactos do rompimento da barragem de Fundão no trecho mineiro da bacia do rio Doce. Com isso, o monitoramento da biodiversidade da bacia ganha mais um reforço importante.
As propostas devem se ater a alguns eixos temáticos, como qualidade da água e sedimentos, impactos nas comunidades animais e vegetais - incluindo análises da concentração de contaminantes no ambiente. O aporte será de R$ 15 milhões, destinados a grupos de universidades e entidades de pesquisa.
Os interessados na Chamada Pública 10/2018 têm até o dia 11 de fevereiro de 2019 para se inscrever e submeter as propostas. A Fapemig selecionará os projetos, que serão implantados por até cinco anos. “Uma das pretensões é fomentar a produção de conhecimento relacionado à investigação e recuperação das áreas impactadas pelo desastre. Além dos programas de monitoramento, os pesquisadores também vão propor soluções para a reparação dos impactos identificados”, explica Laila Medeiros, especialista de biodiversidade da Fundação Renova.
Para tirar dúvidas sobre o edital e ter acesso a informações técnicas, será realizado um workshop no auditório da Fapemig, em Belo Horizonte, no dia 12/12, às 9 da manhã.
Monitoramento da biodiversidade no Espírito Santo
Já está em andamento um acordo de cooperação entre a Fundação Renova e a Rede Rio Doce Mar para monitorar a biodiversidade em cerca de 200 pontos da porção capixaba do rio Doce e da região que vai do entorno da foz até Guarapari (ES), ao sul, e Porto Seguro (BA), ao norte.
Na pesquisa, estão sendo estudadas de bactérias a baleias, além de qualidade da água, sedimentos, condições de marés e ondas, manguezais e restingas. O estudo está sendo conduzido por pesquisadores de 24 instituições de pesquisa de todo o país, com a coordenação central da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest). As primeiras embarcações começaram as expedições em setembro. Veja um pouco como está esse trabalho: