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Publicado: 16/08/2018 10:42h

Linhares: obras de prevenção vão evitar alagamento nas margens do Rio Pequeno

Linhares: obras de prevenção vão evitar alagamento nas margens do Rio Pequeno

Intervenções vão aumentar vazão no canal construído no barramento para minimizar os riscos

A região da lagoa Juparanã vai passar por intervenções para enfrentar o próximo período chuvoso com segurança. As medidas de prevenção foram definidas pela Fundação Renova, juntamente aos órgãos públicos e a Defesa Civil, e incluem obras para reduzir o nível da água e a realocação dos moradores que residem na margem esquerda do rio Pequeno.

Desde a abertura do canal entre o rio Pequeno e o rio Doce, em abril de 2018, o nível da lagoa Juparanã, em Linhares, vem baixando gradualmente, mas ainda está acima do normal. O próximo período chuvoso pode agravar a situação.

Como prevenção, o fundo do canal será rebaixado a fim de aumentar a vazão dos atuais 15 metros cúbicos para 100 metros cúbicos por segundo.

Entenda a situação

O barramento provisório no rio Pequeno, em Linhares, foi erguido emergencialmente para proteger a lagoa Juparanã da passagem do rejeito que desceu pelo rio Doce, em 2015. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado por força de seguidas determinações judiciais, o que vem agravando a ocorrência de alagamentos, já habituais na região.

Diante disso, a Fundação Renova reforçou o monitoramento e os alertas às autoridades sobre os riscos apresentados, e está trabalhando em ações de curto e médio prazos para solucionar a situação.

Medidas extras

Entre janeiro e junho de 2018, uma balsa passou pelos 10 km de extensão do rio Pequeno para recolher a vegetação aquática, que cresceu excessivamente em função do acúmulo de matéria orgânica e esgoto, e os peixes mortos devido à falta de oxigênio.

Os peixes vivos foram resgatados e aeradores foram instalados para melhorar a oxigenação da água. Uma bomba que faz a drenagem sanitária de 670 litros por segundo é mantida em funcionamento 24 horas por dia.

O barramento também será reforçado e as margens serão protegidas até a ponte. Além disso, já foi instalado um sistema de monitoramento para controlar a vazão e o nível do rio Doce, da lagoa Juparanã e do rio Pequeno.

Remoção de famílias

Entre as ações previstas, está a elaboração conjunta de um plano de contingência. No documento, será prevista, caso necessária, a remoção temporária de 48 famílias que vivem na margem esquerda do rio Pequeno, o que depende de avaliação da Defesa Civil. A realocação é uma medida de precaução máxima para que essas pessoas fiquem em segurança durante as obras e até o fim do período chuvoso, previsto para março de 2019.

As famílias serão comunicadas, orientadas e acolhidas em todas as suas necessidades e demandas, e poderão escolher onde será a moradia provisória. A Fundação vai trabalhar para garantir que a rotina das pessoas seja preservada ao máximo possível.

Também será feita uma vistoria cautelar para identificar a condição atual das residências.




Fonte: Fundação Renova
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