Intervenções vão aumentar vazão no canal construÃdo no barramento para minimizar os riscos
A região da lagoa Juparanã vai passar por intervenções para enfrentar o próximo perÃodo chuvoso com segurança. As medidas de prevenção foram definidas pela Fundação Renova, juntamente aos órgãos públicos e a Defesa Civil, e incluem obras para reduzir o nÃvel da água e a realocação dos moradores que residem na margem esquerda do rio Pequeno.
Desde a abertura do canal entre o rio Pequeno e o rio Doce, em abril de 2018, o nÃvel da lagoa Juparanã, em Linhares, vem baixando gradualmente, mas ainda está acima do normal. O próximo perÃodo chuvoso pode agravar a situação.
Como prevenção, o fundo do canal será rebaixado a fim de aumentar a vazão dos atuais 15 metros cúbicos para 100 metros cúbicos por segundo.
Entenda a situação
O barramento provisório no rio Pequeno, em Linhares, foi erguido emergencialmente para proteger a lagoa Juparanã da passagem do rejeito que desceu pelo rio Doce, em 2015. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado por força de seguidas determinações judiciais, o que vem agravando a ocorrência de alagamentos, já habituais na região.
Diante disso, a Fundação Renova reforçou o monitoramento e os alertas às autoridades sobre os riscos apresentados, e está trabalhando em ações de curto e médio prazos para solucionar a situação.
Medidas extras
Entre janeiro e junho de 2018, uma balsa passou pelos 10 km de extensão do rio Pequeno para recolher a vegetação aquática, que cresceu excessivamente em função do acúmulo de matéria orgânica e esgoto, e os peixes mortos devido à falta de oxigênio.
Os peixes vivos foram resgatados e aeradores foram instalados para melhorar a oxigenação da água. Uma bomba que faz a drenagem sanitária de 670 litros por segundo é mantida em funcionamento 24 horas por dia.
O barramento também será reforçado e as margens serão protegidas até a ponte. Além disso, já foi instalado um sistema de monitoramento para controlar a vazão e o nÃvel do rio Doce, da lagoa Juparanã e do rio Pequeno.
Remoção de famÃlias
Entre as ações previstas, está a elaboração conjunta de um plano de contingência. No documento, será prevista, caso necessária, a remoção temporária de 48 famÃlias que vivem na margem esquerda do rio Pequeno, o que depende de avaliação da Defesa Civil. A realocação é uma medida de precaução máxima para que essas pessoas fiquem em segurança durante as obras e até o fim do perÃodo chuvoso, previsto para março de 2019.
As famÃlias serão comunicadas, orientadas e acolhidas em todas as suas necessidades e demandas, e poderão escolher onde será a moradia provisória. A Fundação vai trabalhar para garantir que a rotina das pessoas seja preservada ao máximo possÃvel.
Também será feita uma vistoria cautelar para identificar a condição atual das residências.