A expansão do setor é puxada pelo segmento de bebidas especiais

De acordo com dados divulgados pelo Anuário da Cerveja no Brasil, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o setor teve um crescimento de 23% em 2018 de novas cervejarias registradas no órgão. No Espírito Santo, os empreendedores têm buscado no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) recursos para investir em novos negócios, modernização e ampliação da produção.
 
Com financiamentos que atendem todas as etapas da produção do setor, o banco tem se consolidado como opção para empreendedores que investem no segmento de negócio. O diretor de Crédito e Fomento do Bandes, Everaldo Colodetti, destaca que a atuação do banco junto ao setor tem possibilitado a consolidação de uma cadeia produtiva, que envolve não só os produtores, como também os setores de comércio e serviços.
 
“O Bandes é o banco do empreendedor. Para iniciativas como essas, que podem se tornar negócios viáveis, temos diversos tipos de financiamento. E o Bandes está aberto para quem quiser começar um negócio ou modernizar um que já exista, com orientação, de maneira estruturada, isso faz parte da nossa missão”, afirma Colodetti.
 
Produção de cervejas artesanais é destaque
 
Ainda segundo o Mapa, a expansão do setor cervejeiro é puxada pelo segmento de bebidas especiais, motivada pela mudança de perfil de consumo do brasileiro que, mais exigente, busca produtos diferentes. Quem aproveita o bom momento do segmento são os sócios Rain Luber Moreira, Roberto Nunes Correa e Gilmar Moreira, de Viana.  Os três amigos são de Piapitangui, distrito rural de Viana, localizado no Vale das Cachoeiras no município.
 
Rain explica que a o negócio começou de forma amadora. “Como gostávamos de cerveja resolvemos produzir, os amigos gostaram e aos poucos começamos a vender a produção. Quando percebemos que poderia ser um negócio, estudamos e investimos na cervejaria artesanal e assim nasceu a Piabier”, conta.
 
Para a implantação do negócio, os sócios contaram com o apoio do Bandes e Rain destaca o caminho percorrido “O recurso foi para aumentar a produção, transformar o hobbie em negócio. Compramos freezers e outros equipamentos. Participamos de cursos na ACervA-ES (Associação dos Cervejeiros Artesanais do Espírito Santo) e conseguimos o registro de cervejaria de produto do Mapa Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento“, destaca.
 
Como o caminho percorrido para transformar a produção rudimentar em negócio não foi fácil, os sócios incorporaram na logomarca da Piabier a figura de um índio botocudo, denominação genérica a qual os portugueses chamavam os índios guerreiros que utilizavam alargadores no lábio. “Nossa cerveja é fruto do trabalho dos guerreiros”, brinca Roberto, outro dos sócios.
 
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