No dia 31 de agosto de 2018, os Acionistas da Autoridade Portuária do Porto de Roterdã, o Município de Roterdã e o Governo da Holanda, aprovaram a sua segunda participação no Brasil, no Porto de Pecém localizado no Estado do Ceará, também conhecido como CIPP S.A (Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário de Pecém).
Este marco é resultado do trabalho desenvolvido após a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Porto de Roterdã e o Governo do Estado do Ceará em março de 2017. O acordo definitivo deverá ocorrer até o final do ano.
A participação do Porto de Roterdã envolve um investimento de 30% das ações no Porto de Pecém. Além disso, o Porto de Roterdã fará parte do controle conjunto das decisões estratégicas e terá posições na Diretoria Executiva, no Conselho Fiscal e no nível gerencial das operações.
O Porto de Pecém é considerado um porto com grande potencial de crescimento e dada a sua posição geográfica, é capaz de se transformar em um centro logístico e industrial para toda a Região Nordeste.
O porto movimenta principalmente combustíveis, minerais, produtos siderúrgicos, contêineres e granéis sólidos. Em 2017, o porto movimentou 15,8 milhões de toneladas e a projeção é de que chegue a 45 milhões de toneladas até 2030.
Além de Pecém, o Porto de Roterdã já possui Joint Ventures com o Sultanato de Omã no Porto de Sohar e com a TPK Logística no Porto Central.
O Porto Central é um novo complexo industrial portuário 100% greenfield, ou seja, planejado e desenvolvido do “zero”. O porto está sendo desenvolvido no sul do Estado do Espírito Santo, no Município de Presidente Kennedy, para atender à Região Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A construção da infraestrutura portuária está prevista para começar no próximo ano.
Este modelo de negócios oferece flexibilidade e adaptabilidade do projeto à demanda dos clientes e do mercado. E ainda permite a construção faseada do porto, aumentando a competitividade e reduzindo o investimento global e os custos operacionais dos clientes.
Os dois portos no Brasil são projetos portuários independentes e complementares, tendo em vista que servem diferente mercado. Os dois portos estão localizados a 2.500 km de distância um do outro.
Essa decisão faz parte do plano estratégico internacional de Roterdã em desenvolver uma Rede Global de Portos para gerar novas oportunidades de negócios, investimentos e sinergias operacionais ao redor do mundo.