Um produto não tão comum virou destaque no interior do estado por ter baixo custo de produção e maior rentabilidade
Quando se pensa em plantação no Espírito Santo, surge a cabeça alguns produtos como: café, mamão e banana. Mas um tubérculo vem chamando a atenção de alguns produtores do interior capixaba: o gengibre. Destaque para o município de Santa Leopoldina, que atualmente está no topo do ranking de produção da cultura, com 9 mil toneladas ao ano.
O município, que é forte produtor de café arábica, vem gradativamente investindo no gengibre. Já são cerca de 200 famílias envolvidas com o produto, que ainda tem preço instável, atualmente uma caixa com 16,3 kg custa aproximadamente R$ 25.
De acordo com o extensionista do Incaper, Ederaldo Pancieri Fleger, o produto é rentável. “A colheita é anual. Após o plantio, que deve ser entre os meses de agosto a outubro e em regiões altas e frias, o tubérculo pode ficar sob a terra por até um ano. Sua produção não demanda muitos gastos”, explica.
Diferentemente do café arábica, que depois de plantado pode produzir por anos, o gengibre precisa de rotatividade de produção. Fleger aconselha que se intercale o gengibre com cará ou batata doce. Assim, se faz a assepsia do local de cultivo e também se aproveita os nutrientes da terra.
Produção
O produtor Ademar Calot, morador da região do Rio das Farinhas, em Santa Leopoldina, foi considerado pelo Incaper, em 2016, como um dos três produtores destaque na produção de gengibre no Espírito Santo. Na fazenda com 17 hectares, o produtor tem três produtos: Cará, batata doce e gengibre.
Ele trabalha com o tubérculo desde 1997, sempre paralelo a outros cultivos. “Quando a gente está na roça tem que procurar alguma coisa que dá mais dinheiro”, explica o produtor rural. Ele ainda conta que o gengibre é uma opção a mais na renda da família, uma vez que o tempo de cultivo do alimento é menor.