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Publicado: 18/10/2019 00:00h

A inovação como ferramenta para mudar antigos costumes

A inovação como ferramenta para mudar antigos costumes

Inovação é a palavra da moda. Se a empresa está com problemas, alguém já sugere que é preciso inovar. Se o relacionamento está desgastado, o conselho não é diferente. Mas o que realmente significa essa palavra? E por que isso se tornou tão mandatório?

Para me ajudar a responder esses questionamentos, recorri ao Google, inovação que pôs fim ao uso da famosa Barsa, dicionários,entre outros.

Inovar não significa ter uma ideia que ninguém teve, colocá-la em prática e, depois colher os frutos. Isso é inventar. Inovação é uma palavra que deriva do termo latino ‘innovatio’, que representa uma criação que não tem equivalente em padrões anteriores.

No entanto, o conceito vai além disso. É possível inovar, modificando e renovando antigos costumes. Nesse sentido, o ato de inovar significa criar caminhos ou estratégias diferentes dos habituais.

Assim, é possível inovar em serviços, produtos, processos, modelo de negócio ou organizacional, na comunicação, nos relacionamentos e, por quê não no lar ondeo “uso” é ilimitado e necessário.

É claro que a inovação só tem importância se, ao ser implementada, de fato gerar valor para as pessoas.

O Airbnb, por exemplo, não foi o primeiro serviço online em que proprietários puderam anunciar seus imóveis para aluguel por temporada. A plataforma amigável simplificou a comunicação deles com os interessados e a própria transação. Mas o que de fato fez o consumidor migrar dos tradicionais hotéis para o uso da plataforma digital foi o custo.

Com este exemplo, observa-se que, na maioria das atividades, a inovação é essencial para se manter um passo à frente da concorrência.

A plataforma Uber, por exemplo, não pode ficar estática, taxando o motorista em 25% enquanto a Arcade City permite ao motorista escolher sua própria estrutura de preços, tratando-o, de fato, como um empreendedor.

Assim, não é possível inovar uma única vez e despois manter o modelo tradicional de negócio. Se a empresa não criar uma cultura de inovação, a ideia que um dia foi genial poderá se tornar obsoleta.

Portanto, inovar é também enxergar a mudança cultural e adaptar-se à exigência do mercado. Quando muda o mercado, a maneira de lucrar deve ser revista, mudando-se a forma de pensar na interação entre a as partes, não importando se estamos falando da cultura dos smartphones, dos carros autônomos ou da nossa casa.

Levemos em consideração a “Geração Alpha”, dos nascidos após 2010. Essas crianças possuem raciocínio não-linear, assim, consideram cansativas atividades de aprendizado mais tradicionais.

Não reconhecer essa mudança cultural e se recusar a adaptar-se a esse novo perfil, não mudando a forma como interagimos com elas, poderá levar a relação familiar ao declínio do mesmo modo que as empresas, pois o nosso lucro nesse caso são filhos saudáveis e realizados.

Pessoas que praticam uma cultura voltada para a inovação demonstram maior agilidade para identificar tendências e atender às novas demandas que eles trazem. Quem possui uma postura mais conservadora pode pensar que não precisa disso tudo, mas o fim da Kodak, Blockbuster e o aumento de 200% no índice de suicídio entre as crianças estão aí para nos mostrar o contrário.

Isto posto, uma última pergunta para finalizarmos nossa reflexão.Como, então, nós, pertencentes à Geração Baby Boomers” (1940), Geração X (1961) e Geração Y (1981) podemos nos adaptar a essa nova realidade?O caminho é estimular o ‘mindset’ de inovação, não apenas entre os nossos colaboradores, mas principalmente em nós mesmos, através do autoconhecimento e, na mudança de mentalidade.
 
Patricia Dutra Lascosque - autora
Possui 24 anos de experiência na área portuária, em empresas de forte atuação em seus mercados. É formada em Administração de Empresas, possui pós-graduação em Comércio Internacional e Logística, e MBA em Gestão de Negócios. Em janeiro de 2019, após 15 anos à frente das atividades da Portocel, assumiu a Superintendência de Portos da Suzano, passando a responder pelos terminais portuários (em operação e em construção) da Companhia. Desde 2016 exerce a presidência do conselho diretor da ATP - Associação dos Terminais Portuários Privados, cujo tema do 6° Encontro, que ocorrerá em Brasília no dia 24 de outubro de 2019, é Inovação e Transformações Mundiais.

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