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Publicado: 10/06/2017 00:00h

Vale e Itaú são as ações mais recomendadas para dezembro

Vale e Itaú são as ações mais recomendadas para dezembro

Empresas foram as mais sugeridas entre as 22 carteiras recomendadas recebidas por EXAME.com

A Vale (VALE5) e o Itaú Unibanco (ITUB4) foram as ações mais recomendadas pelas corretoras para o mês de dezembro. A mineradora foi sugerida em 17 das 22 carteiras recomendadas de ações recebidas por EXAME.com. E o Itaú apareceu em dez dos portfólios sugeridos para o mês. O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, teve queda de 3,27% em novembro, acumulando no ano desvalorização de 13,90%. Em linha com o índice, os portfólios da maior parte das corretoras registraram queda no mês.

Vale Diversas justificativas foram usadas pelas corretoras para a recomendação da Vale, que mais uma vez é a ação mais indicada nos portfólios. Para começar, em novembro a companhia apresentou sua terceira melhora trimestral consecutiva ao anunciar os resultados do terceiro trimestre de 2013. A divulgação de indicadores mais positivos na Zona do Euro e na China também deve dar sustentação para o preço do minério de ferro nos próximos meses, o que beneficia a companhia. Foi destacada a redução de custos da empresa e a adesão ao Refis, programa de refinanciamento de impostos sobre o lucro de controladas e coligadas da empresa no exterior.

Conforme os analistas destacaram nos relatórios, a adesão ao programa tira uma forte pressão da empresa. Também foi citada a probabilidade de que as ações da Vale tenham um peso maior no Ibovespa a partir de janeiro em função da nova metodologia do índice, o que pode levar mais fundos atrelados ao Ibovespa e investidores a comprar a ação. E por fim, o real enfraquecido, que beneficia as exportações da empresa, e a estabilidade no preço do minério de ferro também levaram os analistas a sugerir a aplicação nos papéis da companhia.

Itaú O Itaú foi novamente o banco mais presente nas carteiras recomendadas. Assim como no mês passado, os analistas citam como motivos para a indicação a tendência de alta da taxa Selic, que permite a prática de maiores juros, e o menor nível de inadimplência em relação aos bancos concorrentes. Segundo explicam os relatórios, para minimizar os efeitos do crédito mais enfraquecido, o banco tem recorrido a estratégias bastante acertadas. Entre elas estão: a realização de corte de custos; a melhora na qualidade dos seus ativos, com redução da inadimplência e nas provisões para devedores duvidosos; e o maior foco no segmento de seguros, que tem apresentado bons resultados.

As corretoras também ressaltaram que houve um crescimento acima do esperado nas receitas tarifárias do banco e, pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2011, o seu índice de eficiência apontou uma redução (quanto menor, mais eficiente). O retorno sobre o capital da empresa voltou a ficar acima de 20% (20,9% no trimestre), o que justifica o prêmio em relação a seus pares. Mesmo diante desses fatores positivos, corretoras como a Citi, a TOV e a Walpires retiraram o banco da carteira de dezembro em virtude do possível ajuste que o setor bancário terá que passar por causa dos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

O Supremo Tribunal Federal adiou a discussão para fevereiro, dando um certo fôlego às ações, mas os analistas ainda temem que os bancos tenham que pagar a diferença das perdas no rendimento de cadernetas de poupança causadas pelos planos nas décadas de 1980 e 1990. O pessimismo sobre o mercado doméstico ficou bem evidente nos relatórios divulgados pelas corretoras, que parecem querer apenas que o ano acabe.

Nas palavras da corretora Concórdia: “Mesmo cada vez mais próximos do fim deste exercício, o ano de 2013 nos parece mais longo do que o normal e os cinco minutos restantes para acabar a partida parecem se transformar em horas”. A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que acontece no dia 3 de dezembro, e a realização de leilões em transporte e energia são alguns dos principais focos de atenção do mercado.

Segundo afirmou o Santander em seu relatório mensal: “[...] considerando que o PIB do 3T13 [terceiro trimestre de 2013] deva ser o mais fraco do ano (-0,4%) e que os economistas esperam apenas uma modesta melhora no 4T13 (+0,3%), não acreditamos em um grande rally do mercado de ações brasileiro nos próximos meses”.

Outras questões que ainda podem deixar a bolsa brasileira volátil nos próximos meses, segundo os analistas são: a alta inflação, a deterioração das contas fiscais, a depreciação cambial e o crescimento fraco durante o ano eleitoral.

Cenário internacional Conforme resumiu a corretora Spinelli, o mês de novembro foi repleto de bons indicadores e apresentou cenários melhores na Ásia, Europa e EUA. A principal discussão no cenário internacional para dezembro continua sendo a retirada dos estímulos econômicos pelo banco central norte-americano, o FED. A medida, que pode ocorrer ainda em dezembro ou no ínicio de 2014, promete balançar os mercados quando se concretizar. Além da questão dos estímulos do FED, também estará no foco dos mercados acionários o desdobramento das reformas chinesas propostas em novembro no encontro de líderes do país.


Fonte: EXAME.com
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